Cristologia

21/06/2017

  O centro do evangelho é Cristo crucificado. Este é o centro da pregação bíblica, da Igreja Cristã e por isso também da Igreja Luterana. Por essa razão o crucifixo, não simplesmente a cruz vazia, foi o símbolo nas igrejas cristãs desde os primeiros séculos. Isto pode ser claramente constatado em todas as igrejas antigas na Europa e em todos os países cristãos da antiguidade.

A teologia da cruz não é uma doutrina dogmática, mas um princípio de toda a teologia. Por isso ela tem a ver com o método teológico, a maneira da teologia, a partir da base em todas as direções. É o método pelo qual Lutero concebeu o inteiro conteúdo da fé cristã, a tarefa da teologia. Lutero, educado nas concepções teológicas da nomística, do mysticismo e augustianismo, passou por muitas lutas até chegar à clara visão da teologia da cruz. Ele a definiu especialmente no debate de Heidelberg (1518 - teses 21 a 28) e no Debate sobre O Valor da Indulgência. Isto envolve a cristologia, a soteorologia e a Trindade. Deus sofreu no Filho e ao mesmo tempo Lutero rejeitou o patripassianismo. O Deus abscondito se revelou na cruz. Ali o vemos. Na idade média, pela influência do helenismo, os pais da igreja tenderam para a impossibilidade da natureza divina em Cristo ter participado dos sofrimentos. A interpretação da cristologia nestoriana, de que a natureza divina não foi tocada pelo sofrimento de Cristo. Lutero repudiou esta cristologia. Deus sofreu na cruz na unidade com a pessoa de Cristo. O sofrimento de Cristo como Deus é estabelecida na concreta unidade da identidade da pessoa de Cristo, comunicação idiomática. Para Lutero, o Deus triúno e Jesus crucificado pertencem juntos. Deus é identificado com o crucificado, o que nos impele para a clara distinção das pessoas. A ênfase desta distinção, Lutero rejeitou a versão do patripassioanismo, que fala de Deus na Trindade, na qual a Trindade não sofreu. É o Filho, Jesus de Nazaré, que sofreu e morreu na cruz, não o Pai. Muitos luteranos evitam dizer: Deus sofreu. Eles só falam que Cristo sofreu. Lutero não admite um Cristo, no qual a divindade não sofreu. Neste caso não seríamos salvos. O sofrimento de Deus em Cristo é soteorológico, que está conectado à doutrina da justificação. Cristo sofreu concretamente na unidade das duas naturezas. O sofrimento de Deus é um sofrimento expiatório e nisto se revela o amor de Deus. Nesta doutrina erram os católicos e os reformados.

Toda verdadeira teologia é "sabedoria da cruz". Isso significa que a teologia da cruz de Cristo é o padrão pelo qual todo o conhecimento teológico é medido, quer da realidade de Deus, de sua graça, de sua salvação, da vida cristã ou da igreja de Cristo.

Autor deste textoHorst R. Kuchenbecker 

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